Nunca mais .

Nunca mais, nunca mais ver.
Nunca mais falar, nunca mais abraçar .
Nunca mais dançar , nunca mais sonhar .

Nunca mais rir, nunca mais andar .
Nunca mais brigar, nunca mais beijar .
Nunca mais, nunca mais nada .

Nunca mais o sorriso doce, nunca mais a voz forte .
Nunca mais o jeito rude, nunca mais  o andar .
Nunca mais o homem forte, nunca  mais  a força do homem  .
Nunca mais, nunca mais nada .

Nunca mais aqui, nunca mais ali .
Nunca mais ali, nunca mais aqui .
Nunca mais, nunca mais nada .
Nunca mais nada, nunca mais . Nunca . Mais, nada .

Hoje, 3 meses sem meu Pai. O meu Pai, meu amigo, meu tudo, e, meu nada agora. Não a matéria, ela já se foi, mas, a força oculta vive em mim. Sua força, sua fala, seu jeito rude, seu jeito estranho. Mora em mim, reflete em mim, habita em mim, faz de mim, sua imagem . Há muitas lembranças, uma saudade que dói tanto, que as vezes me sinto um nada no chão. Não há um dia em que não lembro de meu Pai, e aqui não seria diferente. Enquanto eu viver, irei sentar, e transformar minha dor, minha saudade, em dor e saudade, escrita.
 

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